Uma coalizão de grupos ativistas anunciou nesta segunda-feira (21) uma campanha para desmembrar o Facebook, argumentando que a enorme rede social “tem muito poder sobre nossas vidas e sobre a democracia”.
Os grupos criaram um site e um perfil no próprio Facebook para angariar apoio para uma petição à Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) para exigir que a empresa de mídia social desmembre Instagram, WhatsApp e Messenger em redes concorrentes e “imponha regras fortes de privacidade”.
O esforço foi lançado por grupos focados em direitos digitais, privacidade e outras causas sociais.
O esforço acontece em um momento no qual o Facebook é criticado nos Estados Unidos e em outros países pelo compartilhamento de dados de aproximadamente 87 milhões de usuários.
Em resposta à campanha, um porta-voz da empresa disse que o Facebook “está em um ambiente competitivo onde as pessoas usam nossos aplicativos ao mesmo tempo em que usam serviços gratuitos oferecidos por muitos outros”.
O presidente-executivo e fundador da empresa, Mark Zuckerberg, disse no Congresso norte-americano no mês passado que acha que o Facebook é um monopólio.
Segundo estimativas, o Facebook tem cerca de dois bilhões de usuários em todo o mundo e seus serviços de mensagens instantâneas, Messenger e WhatsApp, somam mais de um bilhão de pessoas.
Um desmembramento da rede social e seus aplicativos exigiria uma longa investigação pelas autoridades dos EUA, além de uma batalha judicial potencialmente longa.